O par da unidade

A unidade seria a perfeição. Quantas vezes a encontrámos já?

My Photo
Name:
Location: Por aí..., Aruba

Chega a ser triste, não sei o que dizer de mim senão isto: para mim sou uma coisa, para cada pessoa com quem falo sou outra diferente. Mas, não é que gosto disto?!

Monday, October 29, 2007

Frio

Tenho tanto frio...
Só não sei onde. Se no corpo se na alma.
Será possível ter a alma gelada.
Já?
Ainda?

Wednesday, October 24, 2007

Sonho

Hoje acordei convencida de que tinha um sonho.
Era feliz. Que mais podia eu querer? Quem tem sonhos tem alimentada a alma. Esfomeada. De sonhos.
Nem sei. Qual o meu sonho. Simplesmente tinha um.
Alimentou-me pelo menos duas horas. Era um sonho pequenino.
De tão imenso quase me esquecia de respirar.
E tudo acaba.
Nos olhos tristes de quem não tem mais força para lutar. Mais voz para se fazer ouvir.
Tinha um sonho.
Éramos nós.Somos nós que o fazemos. O sonho.De quem não tem mais nada.

Monday, October 22, 2007

Dúvida

Assaltou-me, á mão armada, sabe deus porquê, a seguinte dúvida:
Quem nos conhece bêbados conhece-nos no mais íntimo de nós ou no mais fora de nós possível?

E foi agora. Agora mesmo. Que fui assaltada. Pela dúvida. Se calhar a dúvida não é clara. Mas é de noite...

(De longe este deve ser o post mais estúpido que já escrevi)

Espero por ti

Espero por ti. Como sempre espero. Encontramo-nos aqui desde sempre. Nem sei porquê. “Vens ter comigo?” pergunto. “Vou” respondes. E é aqui. No meio de toda esta multidão. Como se não soubéssemos. Não déssemos conta dos olhares curiosos que nos lançam. Os outros. Aqueles que não são eu nem tu. Que não fazem parte de nós.
Enquanto espero. Por ti. Vou olhando. Os outros. Que nunca páram. Vão apressados. Porquê? Para onde? Em tempos também corria apressada. Ainda agora o faço. Para esperar por ti. Será que se apressam para um abraço?
Deste-me um beijo fugidio. É sempre assim. Quando falo do que não queres. Ouvir. Sentir. “Tenho que ir”. Não me olhaste. És o meu porto de abrigo. Sem âncoras. “Fica mais um pouco”. “Adeus”. Porque não dizer até já? Sempre adeus. Como se de uma despedida definitiva se tratasse. “Até já” respondo. Em tom de desafio. Nem assim me olhas.
Não sabem. Os outros. O que é o nosso amor. Desconfiam, talvez. Que eu não tenho fim e tu não tens princípio. Por isso nos olham. Incompreensão.
Espero por ti. Com a mesma ansiedade da primeira vez. Em que ainda não eras eu. E eu. Eu ainda não sabia o que era ser tu. Tua.
Parece que me foges. Entre os dedos. Neste desejo de sentir. Sentir sempre mais. “Dóis-me”. E eu não percebi. Dóis-me tu também. Sempre. Às vezes acordo de noite. Sei que estás a pensar em mim. Sinto as tuas unhas cravadas. Na minha alma. Para não haver fuga possível. Jamais. Como se houvesse esse desejo.
Vejo no meio da multidão. Procurando-me com o olhar. Espero por ti…

Monday, October 01, 2007

01 de Outubro

"Antes sabia muita muita coisa mas as coisas vão-se embora..."

Podemos preferir ignorá-lo.
Podemos pensar que é possível fugir a tudo.
Podemos não acreditar.

O inevitável é que a velhice nos espera.
Nem sempre de forma delicada.

Sabe tão bem dar um beijo nas rugas dos que que já souberam tanta coisa.
As coisas que já não sabem porque se foram embora.
As coisas. Os velhos ficam.
Não os ignoremos.
Não vale a pena olhar para o lado. Um dia vamos olhar para a frente e os velhos somos nós.

Hoje é o Dia Internacional do Idoso.
Já dei um abraço e um beijo a todos os idosos que encontrei.
Vou pensar que todos farão assim...