O par da unidade

A unidade seria a perfeição. Quantas vezes a encontrámos já?

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Chega a ser triste, não sei o que dizer de mim senão isto: para mim sou uma coisa, para cada pessoa com quem falo sou outra diferente. Mas, não é que gosto disto?!

Tuesday, April 08, 2008

Solidariedade Social

Assiste-se hoje em dia, a um movimento do Estado de responsabilização da sociedade civil em diversas áreas até agora a seu cargo. Começa-se, por isso, a falar de solidariedade civil.
Este conceito é, em certa medida, correspondente ao de solidariedade social do qual as IPSS são as grandes representantes.
As IPSS são em regra, juridicamente falando, associações. Isto é, constituídas por pessoas que "procuram fazer bem".
O Estado procura descartar-se das suas responsabilidades ou simplesmente assume que há áreas que simplesmente não são da sua competência?
Ainda que esta reflexão, ao que parece, não assole em grandes proporções a sociedade, devia. Será que esta, a nossa, sociedade está preparada para tomar as rédeas para assumir uma responsabilidade social que, apesar do número cada vez mais crescente de IPSS, não parece preocupar grande parte da população? Será que a sociedade está preparada para tomar conta dos seus?

No trabalho directo com a solidariedade social é com facilidade, mas principalmente com espanto, que nos apercebemos que a solidariedade civil, social ou como lhe queiramos chamar parece estar, ela própria, a sofrer uma crise.
Parece ser sempre mais fácil ajudar aqueles a quem não vemos o rosto. Quotidianamente. Aqueles a quem o nosso pouco conhecimento quase não nos permite fazer juízos de valor. Apenas expressar a nossa sincera pena.
De que forma se poderá chamar a sociedade civil para esta causa que é de todos nós?
É com muita dificuldade, para não apelidar a tarefa de impossível, que se imagina a sociedade organizada, e acima de tudo responsabilizada, de uma forma que permita assegurar a satisfação das necessidades a todos os seus membros.
Talvez este seja um preço a pagar pelo hábito ao Estado providência que tem sido o nosso. E, impõe-se esta questão ainda, quando os cidadãos não parecem revelar um poder, e vontade, de reflectir e chamar à responsabilidade o Estado, pelas suas boas e más acções, estarão preparados para reflectir em qual deve ser o seu papel e agir?
Quando a questão social atinge proporções em que não é mais possível desviar o olhar e o Estado não tem capacidade de responder a todos é a solidariedade civil que deve emergir.
Qual é o contributo que cabe a cada um de nós? Estaremos preparados para assumir esse papel? Essa responsabilidade?

Não vamos esquecer que é da sociedade civil que deve sair a mão amiga. Que ajuda o idoso e afaga a criança triste...