Epitáfio

Devia ter...

amado mais

ter chorado mais

ter visto o sol nascer

Devia ter...

arriscado mais

e até errado mais

ter feito o que eu queria fazer

(...)

Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

(...)

Devis ter-me importado menos com problemas pequenos

Morrido de amor

E continua. É uma música (da!).
Eu sei. Sei. Que é presunção a mais da minha parte achar que consigo fazer e ser assim.
Mas gostava tanto. De estar a morrer e arrepender-me de mil e uma coisas: que tivesse feito ou tivesse dito...

Parece que com o passar dos anos a intensidade com que se vive a vida vai diminuindo.

Quero sonhar todos os dias. Amar cada vez mais. Abraçar cada vez com maiz fervor.

Olhar as pessoas nos olhos e sorrir. Com verdade e sinceridade.

Tempos houve em que não olhava as pessoas nos olhos. Temia o que elas pudessem ver de mim. Não queria - egoísta ou simplesmente tímida - partilhar a minha alma. Partilhar-me.
Compreendo, agora, que talvez não seja nada de mais. E mesmo que seja. Sabe tão bem olhar-te nos olhos, sorrir e sentir um calor no coração. Estender-te a mão e acompanhar-te um pouco. Na vida ou na rua.

Porque não abrir os braços à vida? Não quer isto dizer fraqueza... Afinal,

I'm gonna fight them all

A seven nation army couldn't hold me back.

Talvez todas estas palavras e citações sirvam apenas para dizer que, finalmente, tenho paz. Só um bocadinho. O suficiente.