O par da unidade

A unidade seria a perfeição. Quantas vezes a encontrámos já?

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Location: Por aí..., Aruba

Chega a ser triste, não sei o que dizer de mim senão isto: para mim sou uma coisa, para cada pessoa com quem falo sou outra diferente. Mas, não é que gosto disto?!

Thursday, April 27, 2006

Amor é bicho instruído

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond de Andrade

Wednesday, April 26, 2006

Sorridente: parte II (é uma trilogia com 20 partes...)


Olha o tamanho desta pernoca....!!!!

Tuesday, April 25, 2006

Sou uma sorridente...


Não vale a pena dizer que sou gira...
Não vale a pena dizer que sou super simpática...
Sim, passo algum tempo a brincar
E, não, a minha mamã não é nada babada.
Eu é que sou o máximo...!!

Vale a pena ouvir: Vai Saber



Não vai pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber

porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer
Pois tudo o
que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde
ninguém ousaria supor
Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem pode mesmo chegar a se arrepender
E pode ser então que seja tarde de mais
Vai saber…

Friday, April 21, 2006

Quem é a linda?



Hoje a lua não ilumina a noite. Mas tu, meu amor, dás mais luz á minha vida que o sol...

Thursday, April 20, 2006

Crianças




Uma criança é uma coisa. Uma criança que é do nosso sangue e da nossa carne é completamente diferente. A nossa dá-nos, algumas vezes (poucas), vontade de ir para o Chad, ou Chade na versão portuguesa. quanto mais não seja para dormir uma noite sem interrupções.
Como é possível que uma coisa tão pequenina nos encha tanto o coração? Nos ilumine o dia só por sorrir? Nos faça ficar tristes por um beicinho?
De que serviria ir para o Chad? Seria possível alguma vez esquecer os olhinhos brilhantes? A alegria do banho ou até a carinha satisfeita de quem tem cócegas?

Uma criança pode fazer-nos esquecer que é uma criança. Levar-nos a ter outros sentimentos. De dar uma palmada. De gritar e gritar. De chorar. Que mãe, que madrasta e que pai, deixam uma criança chegar a este ponto? Que maus tratos deixam uma criança sempre a olhar para o infinito ou a partir tudo? A mentir, a chorar, a ameaçar, a bater? Que nos obriga a ser severos quando tinha bastado amor...
O amor a que todas - as crianças - têm direito desde o momento que nascem.
E olho-te R, agarro-te, ralho contigo. Mentes, insultas e bates-me. Sabes do que me lembro nesses momentos? Que és apenas uma criança... Que foste já o bébé indefeso que é agora a menina dos meus olhos... Que, antes sequer de andares, te abandonavam sozinho em casa. Que a tua mãe se foi embora. Que te partiam colheres de pau no corpo e agora entras em pânico quando vês uma. Que sempre te trataram com violência. De tal maneira que chegaste a ir ao hospital.
E olho-te R, agarro-te e ralho contigo. O que foi preciso fazer-te para ficares assim? Para estares condenado a um não futuro? Não deixes levarem-te a vida. E os sonhos. Mas, R... és só uma criança. Que nos marca o corpo com violência e, ás vezes, nos enche o coração de vontade de te dar umas palmadas.
R... sonhas? Com que sonhas? Será que percebes sequer que estava errado o que te fizeram? Porque continuas a chamar por quem te magou tanto? R... és só uma criança... Deve ser tão triste e dar um vazio tão grande, sermos tão pequeninos e não termos quem nos proteja. Quem devia ou nos agride ou não quer saber...
Talvez uma criança que não é um filho nosso não seja assim tão diferente... Sinto estar dor imensa por ti R., como se fosses meu. É pena que o que sinta não seja o coração cheio por um sorriso...

Wednesday, April 12, 2006

Chad: resultado da ociosidade


Tenho que confessar a minha ignorância: Chad.
Quando vi este nome não podia acreditar que era o nome de um país e que esse país existia mesma. quando era pequena achava que as pessoas não tinham vida nem essência própria. Acreditava que quando eu deixava de olhar as pessoas, elas simplesmente se imbilizavam. Como fantoches. Quase que pensava o mesmo em relação a um país chamado Chad. Aliás, Chad era o nome de um personagem de uma série cómica, da qual agora nem me recordo o nome.
É claro que segui as palavras do meu avô: "O saber não ocupa lugar". Decidi pesquisar. Espanto: a primeira página que me apareceu com informações deste desconhecido foi a da CIA.
Anseio por saber informações. Como ansiamos a chegada do nosso amante que ainda não conhecemos mas não conseguimos parar de desejar.
Surpreendentemente, um país com este nome fica na África Central. Tem petróleo e muitas outras coisas. Que não interessam. Ou interessam... Não importa, eu não quero saber.
Deve ser um sítio agradável para viver. A taxa de migração é de 0,11. É claro que pode ser porque a não passam lá muito tempo: a esperança média de vida é de 48 anos.
Co-existem, no desconhecido quase conhecido, 200 etnias diferentes que comunicam com 120 línguas diferentes e outros tantos dialectos.
É uma república, cuja capital tem o sonante nome de N'Djamena - não é que eu esteja certa de a pronunciar correctamente.
O tamanho não é tão pequeno como o nome, tem 1.284 million sq km. Ou se calhar sou eu que sou muito pequena...
Infelizmente não tem praia... Espero que não seja esta a única coisa que possamos dizer do Chad (até o nome arrastado soa bem).

Talvez se não tivesse uma vida intelectual tão ociosa não quisesse saber algo acerca do Chad. Será possível que a clausura interior tenha resultados? Será...

Monday, April 10, 2006

P.S.

"P.S.- Eu quero respostas mais rápidas. quero que isto se torne um diário de
críticas, literaturas, músicas, pensamentos, divagações, e tudo e tudo e tudo.
Tá? Amanhã quero palavras. Muitas."

Thursday, April 06, 2006


Keys that jingle in your pocket
Words that jangle in your head
Why did summer go so quickly?
Was it something that you said?

Noite fria

Por um momento achei a noite fria...
No momento em que o fumo saía do cigarro.
vi as estrelas e desejei... Como desejei!
Estar junto delas. Ou não.
Estar onde a minha alma se sentisse em paz.
Onde pudesse simplesmente descansar.

Por um momento senti-me bem.
Como se de um abraço se tratasse.
Uma palavra de apoio ou apenas um sorriso.

Já deixei de perguntar porquê.
É assim porque é a vida.
Sentimento de cair num abismo sem fundo.
Sem rede. Apenas eu.

Estar onde a minha alma se sentisse em paz...
Estaria só? Ou há mais alguém que procure este lugar?
Estarias tu lá? Para me acompanhar quando sentisse a noite fria.
Para olhar as estrelas.
Para sorrir quando estivesse feliz.

Já deixar de perguntar porquê.
É assim porque é a vida.
Olhar-te e sorrir.
Olhar-te e sentir, cá dentro, aquela sensação de aconhego.
Como um chocolate quente numa noite fria.
Se tu estás aqui para que precisa a minha alma de paz?

Está uma noite fria...

Monday, April 03, 2006

Sorriso

Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz lá dentro,
apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu
dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

Eugénio de Andrade