O par da unidade

A unidade seria a perfeição. Quantas vezes a encontrámos já?

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Chega a ser triste, não sei o que dizer de mim senão isto: para mim sou uma coisa, para cada pessoa com quem falo sou outra diferente. Mas, não é que gosto disto?!

Wednesday, June 11, 2008

Abrandar

Abrandei um pouco.
Na esperança.
De sentir a tua mão no ombro.
Ouvir-te dizer:"estou contigo. não vás".
Ou outra parvoíce qualquer.

Abrandei.
Sem qualquer resultado.

Abrandei um pouco.
Sabendo já que não valia a pena.

Thursday, June 05, 2008

A companhia da solidão

Não há muita coisa pior do que sentirmo-nos sós no meio da multidão.
Ou talvez haja. Mas não importa. A maior parte das vezes.

Porque escrevo num blog quando podia, simplesmente, conversar com alguém?
Ou não.
É bom. Estar comigo e saber o que posso esperar.
Outras vezes simplesmente enlouquecer.
Em silêncio. No meio da multidão. Sorrindo.

Como chegamos a ser estes adultos?
Em que curva do caminho perdemos tudo?
A ideologia?
O acreditar? Nos outros? Em nós?

Como chegamos ao ponto em que sabemos que preferimos estar sós a estar com o outro?
Mau não é estarmos sós no meio da multidão.
Mau é estarmos a dar voltas na nossa cabeça. No nosso coração.
E não poder gritar. Simplesmente gritar.

Prefiro estar só.
A ter os olhares reprovadores.
As críticas destrutivas.

Porque é que não conseguimos aceitar as pessoas como elas são?
Gostar delas só porque são assim? Porque sim.

Quando foi?
Que perdemos a vontade?
De olhar para o lado e sorrir?
Dar uma mão?
Emprestar um ombro?
Dizer "estou aqui. contigo. por ti."?
Quando foi?

Talvez quando damos por nós no meio da multidão.
E é como se estivéssemos sós...