Da história
Chama-se Laura. Creio. Ou Luísa. Ou Helena. Não me lembro. A importância do nome nada diz da importância da pessoa.
Se não fosse o ar. Seria uma outra qualquer. Das que passam sem darmos conta. Das que falam sem ouvirmos. Arranjava-se com algum cuidado. Reparava-se depois. De ultrapassado o impacto do ar. Depois. De se ouvirem as palavras.
Laura / Luísa / Helena achava que era feliz. A certa altura. Entre os dias que passavam. Iguais entre si. Que não eram sábados. Descobriu. Apercebeu-se. Refectiu. Que era possível que assim não fosse. Querer sempre mais não era ela. Ela sabia o que queria. Isso bastava. Queria o que tinha. Passou a querer o que não tinha. Se o havia de ter? Ela não sabia. Mas queria-o.
Fez-se notada. Não gritou "Estou aqui." Agiu como se assim fosse. Afinal ela estava ali. Existia. Fisicamente. Quem não deu por isso nessa altura?
Pensamos nós. De fora. Que a mulher deu em possidónia. Passou-se. Disse o povo.
Se não fosse o ar. Seria uma outra qualquer. Das que passam sem darmos conta. Das que falam sem ouvirmos. Arranjava-se com algum cuidado. Reparava-se depois. De ultrapassado o impacto do ar. Depois. De se ouvirem as palavras.
Laura / Luísa / Helena achava que era feliz. A certa altura. Entre os dias que passavam. Iguais entre si. Que não eram sábados. Descobriu. Apercebeu-se. Refectiu. Que era possível que assim não fosse. Querer sempre mais não era ela. Ela sabia o que queria. Isso bastava. Queria o que tinha. Passou a querer o que não tinha. Se o havia de ter? Ela não sabia. Mas queria-o.
Fez-se notada. Não gritou "Estou aqui." Agiu como se assim fosse. Afinal ela estava ali. Existia. Fisicamente. Quem não deu por isso nessa altura?
Pensamos nós. De fora. Que a mulher deu em possidónia. Passou-se. Disse o povo.
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