O par da unidade

A unidade seria a perfeição. Quantas vezes a encontrámos já?

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Chega a ser triste, não sei o que dizer de mim senão isto: para mim sou uma coisa, para cada pessoa com quem falo sou outra diferente. Mas, não é que gosto disto?!

Friday, February 13, 2009

O romance que era uma trági-comédia

Às vezes tenho dúvidas existenciais. Outras vezes não.
Não tenho. Ou não são dúvidas.

Pensei em escrever um romance. Da minha vida.
Depois pensei: "Qual romance?"
Fazia mais sentido uma tragi-comédia.
Em que não havia nada de trágico. Nem de comédia.
Era um romance. Em branco.
Quase como a minha vida.
Numa página colorida. Para não ser tão aborrecido.
Como as dúvidas que me perseguem. Que não são dúvidas.

Com tantos episódios do quotidano dignos de nota. Ou não. Como chegamos a isto?
A um espremer da vida que não tem sumo?

Todos os dias têm 24 horas.
O tempo passa. É um facto. Não pode fazer mais nada.
Em que gastamos nós tantos minutos?
O que temos para apresentar no final de contas?
Quantas voltas pode a nossa vida dar e continuarmos a seco?
Porque ninguém quer saber.
Giramos todos à volta de nós. Porque havíamos de querer saber.
Dos outros romances? Daqueles que estão de férias? Até ao Natal?
Das trági-comédias? Que não existem? Ou não fazem sentido?

Vou escrever um livro: o romance da minha vida.
Que no final, se constatará - ou à moda do PSD: a história me dará razão, era uma trági-comédia.
Sem romance, nem tragédia, nem comédia.

Uma página em branco colorida.

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